8 de julho de 2011

9,5

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Nunca tinha descido tão baixo. Verdade seja dita que não sou nem de perto nem de longe uma aluna dita competente e aplicada, mas vá lá, por burra também não passo, e sempre me consegui ir escapulindo à vergonha que é um valor abaixo de 10 escarrapachado para toda a gente ver. Não que haja muita gente a reparar nas minhas notas que não eu, mas que elas lá estão prontinhas a saltar à vista de alguém, estão, e se esse alguém decidir brincar ao "deixa lá ver quem é que foram os animais com as piores notas nesta merda de exame", lá vai o 9,5 da Mafaldinha saltar para a competição do último dos últimos. 

Na realidade, a vergonha da nota não é assim tão grande, o grave é ter-se uma nota destas depois de se ter estudado. Se para mim estudar é ler a matéria toda uma vez em modo automático? É. E daí? Bela merda.

Vou ter de passar o resto da noite a comer chocolate e a ouvir Rodrigo Leão. O choro é opcional, ainda não decidi se me ponha a ver vídeos de cães a serem abatidos e bebés que nascem como almôndegas de cabelos e dentes para tentar dar mais funcionamento à minha lacrimal, ou se me dedique ao visionamento compulsivo de episódios de Futurama. 

O parar de comer chocolate é que dava jeito sua lambisgóia, que se a Medicina falhar, e convenhamos que é para esse abismo que os teus presuntos te estão a encaminhar, é a servir à noite num bar que vais ter de acabar, e ninguém quer gordas para isso. A não ser que seja um bar especialmente dedicado a homens que nutrem um específico carinho por mulheres com um IMC superior a 25, e também não chegas a tanto. Ainda.

7 de abril de 2011

mamas

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Que tema. Esta brincadeira de andar a fazer exercício que nem uma tarada das dietas está-me a roubar as minhas. E diga-se de passagem que já nem muito havia para roubar.

Ainda assim tenho a vaga ideia de que hoje em dia a malta com pila não lhes anda a ligar tanto. Antes, em raros momentos em que por acaso os apanhávamos a ver gajas boas, eram logo as mamas três vezes maior que o suposto que lhes saltavam à vista e os faziam ir assiduamente à casa de banho fazer sabe o Senhor muito bem o quê. E o meu olhar desesperado lá saltava, para as dela, para as minhas, para o meu sutiã vazio, para o dela a rebentar. Ah, mentira, nenhuma revista badalhoca que se preze gasta dinheiro a imprimir mamas tapadas, mas a ideia ficou cá. 

Agora parece que refinaram o gosto. Há coisas melhores. Cu, por exemplo. Os mais sentimentais até conseguem gostar mais de carinhas larocas, preferem a satisfação do coração à dos olhos, mas não se encontra muito peixe desse na praça.

Verdade? No fucking idea. Mas vamos todas esperar que sim.

23 de março de 2011

então, já vais?

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Fica, bebe mais um copo..

22 de março de 2011

brincar aos médicos - tentativa de uma história de vida

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Há-de vir o dia em que alguém, tenha oito ou oitenta, seja homem ou mulher, miserável ou feliz, não goste de ouvir uma boa história de encantar. Era uma vez e viveram felizes para sempre. Mesmo que minta, torça o nariz, gosto lá dessas foleiradas! Gosta sim senhor. Dos dramas já ninguém quer saber. Bastam os filmes que deixam qualquer ser com mais estrogénio que testosterona a soluçar. Hoje não é um dia de sorte, a história que aqui se vai escrever é triste, e mesmo que não quiséssemos que assim fosse, a protagonista não nos deu hipótese.

Brilhava o sol de Agosto de 1949 quando Ascensão veio a esta terra. Envolta em sangue, vísceras e panos foi posta ao colo da sua mãe, estafada de um parto caseiro à boa maneira de antigamente, sem direito a facilitismos. E ali estava, no centro das atenções, pronta para tudo aquilo que a todos é suposto vir. Era uma criança feliz. Não, não era rica, era feliz. Classe média? Repetimos, feliz. As correrias e brincadeiras pelos campos de Trancoso foram-lhe suficientes até ter doze anos de idade e decidir que estava na altura de algo mais. Sonhava ser professora, ensinar, dar algo ao mundo. A única coisa que o mundo lhe deu foi um lugar numa casa como doméstica em Lisboa, mas convenhamos, esta prenda mundial até podia ter sido pior.

Chegámos a 1968 e continuava a nossa protagonista de rabo alçadado a esfregar o chão, com uma irmã ali ao lado que não a deixava largar a mão às origens. Que a família muito importa e sempre importou, sempre se soube. Assim sendo, não imaginou mal nenhum ir para Paris, outra irmã por lá havia… E assim chegou a nossa jovem Ascensão de mala às costas à Cidade da Luz. Tudo novo, tudo diferente (que este pé atrás de Portugal já vem de há muito)! Habituada a trabalhar como se outro propósito não houvesse nesta vida, procurar emprego não pôde não ser a sua principal prioridade. Ainda assim, teve os seus requisitos – não queria trabalhar com mulheres. Essas obras do diabo, por muito inofensivas que sejam sozinhas, esquecem toda a fachada de jóia de moça a que são obrigadas quando se juntam e dão asas à má língua e ao pecado, e a nossa Ascensão sempre soube bem disso. Para amigo, escolhe-se quem se quer. Preferências tais levaram-na até uma jovem empregadora, à procura de ajuda para a sua loja de antiguidades, onde apenas tinha um funcionário. Ideal.

Os anos passam, a vida vive-se, o trabalho faz-se, e o amor encontra-se. Ascensão apaixonou-se por um português também por Paris emigrado, dado a conhecer pela irmã, com quem rapidamente casou. Sol de pouca dura. Seria de esperar que a dita chama da paixão durasse alguns anos. Pelos vistos isso é moda de agora. Antigamente a coisa desvanecia mais rápido, e num ápice a nossa já não tão jovem protagonista começou a sentir a dor na pele. Nem a vinda dos seus milagres de vida a aliviou. Antes pelo contrário, os dois gémeos que nos seus lençóis conceberam, se ainda com amor ou já apenas carnalmente ninguém saberá, só serviram para que o marido se deleitasse com uma sua outra irmã que chegara também a terras francas.

Foram quatro os anos que Ascensão soube ter um marido que se deitava na sua cama vindo da de outra. E que outra. E que dor. E que fardo. Ao marido fingiu perdoar, por necessidade. Que raio de mãe iria deixar os seus filhos sem pai só por este a trair e lhe levantar a mão? À irmã perdoou-a por desejo da mãe no leito da morte, que tanto sofreu por ver duas das suas meninas em disputa. Mas já pelas terras se dizia, homem esquece e não perdoa, mulher perdoa mas não esquece.

Pareça isto dramático o suficiente para um desgosto, Ascensão nunca se deitou abaixo. Poupem-nos, que com esta conversa toda não se requer mais que dois dedos de testa para perceber que há aqui mais força que na comum mulher. Até ao dia em que, com trinta e cinco anos, o papão do cancro lhe espreitou por debaixo da cama. Mama direita. O pânico era muito e a esperança pouca. Sentiu a fraqueza de ser menos mulher, de perder a beleza, de perder a capacidade de ser mãe. Ascensão não viu maneira de justificar um azar destes sem ser pelo trauma da traição, logo ela que se aguentou ali que nem um Dom Afonso Henriques. Mas Deus é justo, segundo dizem, e fez a sua justiça (com um quê de ajuda do sistema de saúde francês).

Os Agostos foram vindo, e a idade também, e quase com cinquenta Verões às costas a nossa Ascensão voltou aos ares lusitanos, trazendo consigo marido e filhos. Os ditos meninos, já homens feitos, não escaparam ao quase certeiro ciclo sem fim e foram cair nas maravilhas do trabalhar, sair de casa e constituir família. Leia-se, portanto, seguir com a vida. Exactamente aquilo que a nossa protagonista queria fazer com a sua, não fosse Deus decidir pregar das suas. Então minha querida, acha que eu fui um excelente Salvador que a livrou de um cancro? Tome lá outro que eu não quero que lhe falte nada. Mama esquerda. O trauma foi diferente, menor, o perigo era outro. Quer a nossa Ascensão tente ou não disfarçar as lágrimas, um tumor é sempre um tumor, seja o primeiro ou o segundo, não é desporto em que se ganhe prática. Julgava-se então ser esta uma perfeita altura do senhor seu marido se chegar à frente, ser um homem, redimir-se dos seus erros. Mas não, qual seria a piada disso para a nossa história? Limitou-se a chegar a casa, após um agradável dia de radioterapia, e a pedir o divórcio. Havia por ali coisa mais nova e interessante no radar, e só isso lhe importou. E nossa protagonista com isso, Deus lhes dê mas é o que eles merecem, que é pouco. Só é pena não ter caído o merecido no cesto que mais nos convinha, mas desta vez já pudémos atirar com as culpas à ciência. Pois, esquecemo-nos aqui de mencionar, numa tentativa de aligeirarmos a já suficiente infelicidade e o pesar desta história, mas até este ponto, já sete entes com sangue do seu sangue haviam sido diagnosticados, e eventualmente ido de esta para melhor, com cancro... mas talvez seja escusado.

Seis longos anos se passaram, e estando de novo saudável e solteira, Ascensão decidiu voltar a ser mulher. Não, ser mulher não é voltar a sair à rua à pesca de um novo amor. Que horror. Quer lá uma pessoa outra trabalheira daquelas, mais feliz se está sozinha que mal acompanhada. Voltar a ser mulher é voltar a ter mamas. Não há que ter vergonha de dizê-lo, mamas, assim mesmo, e tê-las é ser mulher, digam o que disserem. O medo de uma cirurgia foi suplantado por esta vontade, e assim se fez.

Tudo estava bem e a postos para se viver feliz para sempre. Filhos, netos, amigas, a nossa já querida Ascensão superou mais desafios que Hércules e outro qualquer herói à escolha juntos, e estava prontíssima para disfrutar da paz que essa mesma superação lhe deveria trazer. Sessenta e um anos não são nada caros leitores, e ainda muitos lhe faltavam para ir sorrindo com pão e água à mesa, segundo ditam as nossas estatísticas. Mas a nossa protagonista já começa a ganhar fama de contrariar probabilidades, ou não? Entrava assim o mês de Novembro do ano passado àquele em que nos encontramos quando a meio da noite surge sangue na cama onde Ascensão dorme. Aflita, levou as mãos às partes baixas. Doíam-lhe e sentiu-as ensaguentadas, juntamente com a barriga. Não perdeu tempo em ir a correr para o médico. Hajam urgências que sejam de facto urgentes. Os exames foram pedidos e os resultados obtidos. Cancro no ovário, metastizado pelo peritoneu. Soa grave para os leigos na matéria, e é mesmo, dizem aqueles que mais percebem.

Passam-se meses e chegamos ao hoje. A nossa Ascensão vive à espera de morrer. Não se ilude, nem conseguiria mesmo que o quisesse. O que não significa que não tente ser feliz. Ou melhor, não ser tão infeliz. Há um irmão que a acompanha no caminho para as cinco tábuas que não consegue visitar, há amigas longe que lhe dão a mão pelo telefone, há netos para ver crescer, filhos para ver envelhecer. Espera somente. Pergunta a Deus porquê a si. Desta ninguém Te perdoa. Bonito serviço Senhor, bonito serviço.

20 de março de 2011

epá

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Anda complicado. É uma chatice sermos um impedimento para a nossa própria felicidade. Quão lixada será preciso a minha cabeça estar para eu andar neste vaivém de humor numa altura em que deveria andar sorridente a saltar pelos campos da Arrábida? Pois é, merdas. Insignificantes, diga-se de passagem, mas ainda assim merdas que me fazem comichão e que não me deixam andar descansada. Como andar de pernas todas bronzeadas à mostra no verão e de repente ficar com uma gigantesca mordedura de mosquito a reluzir e a estragar tudo, mesmo que só ocupe 5% da área de superfície.. mas também, quem é que me manda andar de pernas à mostra?

E a puta da dieta. Porque é que eu me meto nestas coisas?! Para que é que não me deixo ser gorduchinha à vontade, a dar em louca sempre que há uma cozinha em trabalho a menos de 1 km, tudo para daqui a uns dias entrar num mau humor tal que hei-de, qual monstro tresloucado, atacar a despensa como se não houvesse amanhã.. 

Mas afinal de contas, está tudo bem. Amanhã é outro dia, cheio de gente doente a entrar pela porta do consultório e a darem-me apertos de mão contaminados com restos de Influenza, ai doutora que eu estou tão mal, ai ajude-me, e eu finjo que ajudo, na minha inutilidade de estagiária, lá vou fingindo que ajudo.

14 de março de 2011

brincar aos médicos - parte l

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E vai mais um. A coisa começa muito normalmente, cheia de boa educação e mordomias, exceptuando os inúmeros momentos em que a doutora pára e especa para o meu túnel. Que boa ideia a tua, futura doutora Mafalda, vires de cabelo apanhado com um buraco de 12 mm na orelha para o teu primeiro dia de estágio, não vá ele tentar desfarçar este tribalismo que decidiste fazer já lá vão 3 anos. Ainda por cima vim com o branco, perdi o castanho sabe Deus onde e como.

Hoje é dia de criançada, e confesso que estes são dos meus favoritos. Certo, certo, eu não morro de amores por crianças.. quando elas ultrapassam os 3 anos. Até lá os pequenotes limitam-se a parecerem Nenucos adoráveis que me apertam a mãozinha e que não se queixam de rigorosamente nada. Coisas fofas e saudáveis que não reclamam, haverá algum paciente melhor?

O primeiro rebento ganha a minha simpatia a partir do momento em que a única palavra que sabe dizer, com 1 ano, é Benfica. E cuja bebida favorita é galão. Hajam boas mães neste mundo! Muito sinceramente, crianças que bebem leitinho e dizem papá e mamã há muitas, e hoje em dia ser original parecer ser o mais moderno dos mandamentos, promulgado por várias marcas. Irónico.

Entre um benfiquista ferrenho e uma menina com uma notória monocelha e uma garganta que se abre e geme como a de uma senhora, venha o diabo e escolha. Soou dúbio? Soou. Mas na verdade a comparação passa pelo facto da miúda ser capaz de gritar e soluçar de tal forma que só a uma mulher em sofrimento se pode comparar. O comum bebé não soluça assim, e um homem muito menos.

Entra-me então pela porta uma rapariga que se assemelha a uma jovem judoca norueguesa, ou de qualquer outro país em que 80% da população é loira como lixívia. Mas afinal diz que é portuguesa e faz luta greco-romana. Pergunto-me de onde surgirá a ideia de alguém com 13 anos desenvolver interesse por um desporto tão peculiar. Olha mãe estive aqui a pensar, e aquilo que eu quero mesmo fazer é andar à pancada como faziam antigamente! Modernices. A conversa de consultório já é diferente, o que é que comes, o que é que fumas, o que é que bebes.. come que nem uma lontra mas não ingere álcool. Ai que menina tão linda, exclama com entusiasmo a minha tutora claramente anti-vamos apanhar uma piela e ser felizes.

E não consigo pensar em mais nada o dia todo. Conforme ela começa a explicar a imensidão de dói-dóis que o alcoolzinho faz às pessoazinhas, a minha cabeça associa automaticamente o meu fracasso de vida académica com o meu sucesso de vida boémia. Se eu podia achar que o facto do 13 ser o meu novo 18 se deve a eu não mexer a ponta de um corno? Podia, mas não era a mesma coisa. Não não, se tens más notas é porque bebes e chegas às aulas e não consegues decorar um capítulo inteiro só de o ouvir! Tristeza Mafalda, tristeza. Estuda e cala-te mas é, a ver se não acabas a estagiar num centro de saúde para a vida.

13 de março de 2011

um dia

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Vou deixar de procurar o Príncipe Encantado e passar a procurar o Lobo Mau.



Ele sempre me pode comer!

10 de março de 2011

saltos altos

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Adoro saltos altos. Sempre os adorei, verdade seja dita, já em pequena olhava para os presuntos que ocupam o lugar onde deveriam estar as minhas pernas e punha-me a pensar que percentagem de gordura poderia um par de saltos aparentemente tirar a estas coisas que Deus me deu. E agora sei! Dão um jeito admirável, mas tal como tudo na vida.. trazem contras.




Leitores, apresento-vos o contra. Tirei esta fotografia há cerca de 10 minutos, e sim, dói tanto como aparenta. Não fez muito sentido eu acordar de manhã e pensar que hoje sim, era o dia ideal para eu tirar o maior par de saltos que tenho do armário e ir dar uma voltinha até Lisboa, mas quem é que quer saber? E lá fui eu, escadarias acima, escadarias abaixo, calçada portuguesa, a ocasional corrida para apanhar o metro, culminando tudo neste fantástico apetrecho no meu calcanhar. 

Ainda tive de andar uns 10 minutos a coxear dentro do Colombo até encontrar uma farmácia (fui atropelada por um polícia num Segway pelo caminho) e deixem-me que vos diga.. as pessoas olham, muito. Quem é que tem descaramento para se pôr assim a olhar para uma coxa daquela maneira?! Ah, sim, eu. Não tenho culpa de ter crescido com um pai que diz "deixa que eu chuto, deixa que eu chuto" de cada vez que vê alguém com probleminhas nas pernas num raio de 500 metros.

8 de março de 2011

a ressaca

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Não tenho por hábito abrir imediatamente os olhos depois de me sentir acordada. Hoje não foi excepção. Fiquei ali espalmada nos lençóis e a cabeça começou a latejar. 

"Foste sair ontem Mafalda? Fui sim senhora. Então poupa-me."

O momento em que me apercebo que estou de tremenda ressaca é seguido de três importantíssimas verificações que me requerem abrir os olhos. Primeira, estar no meu quarto na minha cama -  confere, segunda, estar sozinha na respectiva cama - também confere, graças a Deus, e por último mas não menos importante - ver se há Gurosan na gaveta. 

Não havia, e deixem-me que vos diga que é horrível saber que há por aí uma cura para o nosso mal estar mas que a esgotámos no Sábado e nos esquecemos de ir comprar mais. Começo logo mal o dia, ben-u-ron terá de ser. 

Levanto-me e vou-me pesar em jeito de rotina, boa coisa não haveria de sair dali, e não saiu. Então mas como, portaste-te tão bem, sua lontrinha amestrada, ontem só comeste meio quilo de arenque, que raio se vem a passar, "Ó Mafalda! Sim pai? Então tu ontem quando chegaste a casa foste-me comer meia tarte de nata? Eu pai? Não não, não fui eu, quer dizer eu comi, mas não foi assim tanto, acho eu.." Mas foi. 

Maravilha de vida a minha. Daqui a um ben-u-ron, 5 chamadas telefónicas com comentários da noite passada e um iogurte no estômago, tudo volta ao normal.

6 de março de 2011

só como quem começa

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Tenho saudades de aqui escrever. E então, falta a vontade? Não. E então? É como ter saudades de caber num 34 em vez de um 40. Não falta vontade com certeza. As férias são grandes mas vão saber a pouco, o trauma dos exames ainda paira, o cheiro a 13 pelo ar ainda me dá náuseas, e é se calhar por isso que não tenho cá vindo. 

Nem a decência tive de vir cá por uma lista de resoluções de ano novo, já Março entrou. Risquei de imediato o ter boas notas e emagrecer, não só por serem impraticáveis como por também serem clichés. E aqui entra a minha inovadora e única resolução para 2011, deixar de ceder a clichés. Dá mais jeito do que possam estar a imaginar enquanto estão para aí a rir-se disto. Acabaram-se os choros perante o visionamento de: 
- filmes de amor/Disney
- velhotes de mãos dadas
- cães a ganir em sofrimento,
- pessoas doentes (sim, claro que é ironia, nunca choraria por uma coisa destas)
- experimentar calças (apesar de não ter grande impacto na imprensa, a percentagem de meninagem que chora a comprar calças.. upa upa, cliché com ele)
- entre outros do mesmo género

Se calhar foi só por ter deixado de saber escrever que deixei isto ao abandono. Olhem lá bem para a merda que acabei de aqui rabiscar. Ainda assim não há que ter medo, escrever é como andar de bicicleta, e não tarda poderei voltar encher este espaço de imensas dissertações irónico-analistas com direito a comentários com 80% de conteúdo ofensivo.

P.S. - Desde já informo que neste blogue não surtirá efeito o alegado novo acordo ortográfico. Por amor de Deus, se fosse por mim ainda se escrevia pharmácia.